quarta-feira, 24 de abril de 2019

JARDIM BOTÂNICO 25 ANOS: Programa de Educação Ambiental comemora 25 anos de atividades

Como parte das postagens sobre os 25 anos do Jardim Botânico, falaremos sobre uma das atividades mais tradicionais que realizamos: o Programa de Educação Ambiental.


Histórico das atividades educativas do Jardim Botânico
Apesar do Programa de Educação Ambiental ter começado em 1994, as atividades educativas já eram realizadas em 1993, um ano antes da criação do Jardim Botânico, no antigo Parque Ecológico Municipal Tenri Cidade-Irmã. Nesta época eram organizadas visitas guiadas pelas áreas naturais do Parque Ecológico visando mostrar as belezas da área e sua importância ambiental.



Visitas em 1993 acompanhadas pelo Biólogo Marcelo Pinheiro

Em 1994 é criado um projeto piloto de um Programa de Educação Ambiental cujo objetivo foi proporcionar o contato com as áreas naturais e as plantas para que a comunidade perceba a fragilidade dos ambientes naturais e seus elementos mantidos pelo Jardim Botânico. 
Em maio de 1995 foi iniciado o Projeto de Educação Ambiental “Jardim Botânico de Bauru: A Comunidade na sua Conservação”. A atividade envolveu oito escolas dos bairros do entorno do Jardim Botânico, com aproximadamente 4.000 alunos. O objetivo foi apresentar à comunidade os problemas da convivência desarmônica com as áreas naturais protegidas. A atividade envolveu visitas dos técnicos do Jardim Botânico às escolas e visita dos alunos ao Jardim Botânico.



Visitas educativas ao Jardim Botânico. Área de visitação e trilha ecológica

Com o passar do tempo e aceitação por parte da população, o projeto recebeu o nome de “Programa de Educação Ambiental do Jardim Botânico Municipal de Bauru”, sendo então aberto à toda comunidade Bauruense e outras cidades.
O Programa passou a apoiar e participar dos eventos ambientais organizados pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMMA), como a Semana Integrada do Meio Ambiente (SIMAB).



Participação do JB na Semana Integrada do Meio Ambiente de Bauru
Com o tempo as atividades educativas foram ampliadas e foram organizados dois grandes projetos educacionais que tiveram influência no fortalecimento da equipe de educação e no fortalecimento da relação do Jardim Botânico com o público visitante. Foram eles: “O Jardim Botânico vai à Escola” e “Pteridophyta: Educação e Conservação - uma proposta do Jardim Botânico Municipal de Bauru”.
Ambos os projetos receberam apoio da Rede Brasileira de Jardins Botânico e no caso do projeto “Pteridophyta: Educação e Conservação”, fomos contemplados com um prêmio internacional do Programa "Investing in Nature" com a ajuda internacional do Botanic Garden Conservation International e patrocinadores. 




Projeto Pteridophyta e Jardim Botânico vai à escola

          O Programa de Educação ambiental adotou, em 2013, uma corrente pedagógica norteada pela Pedagogia Histórico Crítica de Dermeval Saviani, as mesma adotada pela Secretaria Municipal de Educação.
            Atualmente o Programa de Educação atende um público bem amplo, que varia desde crianças, a adultos, das mais variadas faixas etárias e níveis de ensino (do infantil ao superior). O Programa possibilita a aquisição de conhecimentos fundamentais para uma mudança de postura das pessoas e sua relação com seu ambiente, além de atuar como instrumento de ensino para educadores e demais profissionais com interesses afins, subsidiando a educação formal e suprindo as necessidades de contato e interação das crianças, jovens e adultos com os ambientes naturais. Desta forma, aproximando a comunidade do universo da Botânica e proteção dos ambientes naturais.
            Pesquisas na área de Educação também são produzidas pelos educadores, gerando conhecimento nas áreas de Ensino de Ciências, Educação Ambiental e Ensino de Botânica.

           Em 2011 o Jardim Botânico passou a contar com um Centro de Educação Ambiental, com auditório, sala de oficinas, e uma biblioteca. Desta forma foi possível ampliar as formas de abordagem dentro da área de educação.



          Além do atendimento de grupos monitorados, o Programa de Educação também passou a organizar cursos para a comunidade como: curso de férias para crianças; formação continuada para professores; compostagem; fotografia, artesanatos, entre outros.




Atualmente o Jardim Botânico conta com um Centro de Visitação (inaugurado em 2016) que veio para somar com atividades e interatividade com o público visitante.  



Desde 1994 o Programa de Educação Ambiental já recebeu mais de 150 mil pessoas, orientando alunos e professores sobre a importância da manutenção de áreas como a nossa para a conservação das plantas e melhoria da qualidade ambiental de nossa cidade. 

Autor do texto
Me. Vinícius Sementili Cardoso
Chefe da Seção de Programação Educacional
Jardim Botânico Municipal de Bauru



terça-feira, 9 de abril de 2019

JARDIM BOTÂNICO AGORA NO INSTAGRAM

Nosso Jardim Botânico está cada vez mais conectado às mídias sociais. Para alcançar o maior número de pessoas, agora estamos no INSTAGRAM.

Nosso Insta é novo, mas com ele pretendemos apresentar o que acontece no dia a dia do Jardim Botânico, além de contribuir com a divulgação de atividades e eventos da instituição.

Siga nosso perfil no insta: @jbbauru

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terça-feira, 2 de abril de 2019

Jardim Botânico apresenta nova exposição em comemoração ao Dia Nacional da Botânica


A nova exposição do Jardim Botânico Municipal de Bauru foi organizada em celebração ao dia Botânica, comemorado em 17 de abril, data do nascimento do naturalista alemão Carl Friedrich Philipp von Martius.

"Arbores Ante Christum Natum Enatae, in silva juxta fluvium Amazonum"As árvores que nasceram antes de Cristo na floresta às margens do Rio Amazonas -
Carl Friedrich Philipp von Martius - c. 1841 -
litografia a duas cores (preto e sépia) sobre papel

A exposição “Flora Brasiliensis” convida você a conhecer a maior obra finalizada na história da Botânica. A Flora brasiliensis é utilizada até hoje como referência histórica no estudo da Botânica no mundo. A obra completa possui milhares de ilustrações científicas de paisagens, plantas e animais do Brasil, que foram produzidas por naturalistas alemães durante uma expedição de três anos (1817-1820) pelos rios brasileiros.


Esta obra foi patrocinada pelos imperadores da Áustria, do Brasil e pelo rei da Bavária sendo elaborada na Alemanha entre 1840 e 1906, pelos naturalistas Carl Friedrich Philipp von Martius, Johann Baptist von Spix, August Wilhelm Eichler e Ignatz Urban, com a participação de 65 especialistas de vários países. 

Selecionamos algumas ilustrações de paisagens e plantas para que o público possa ter conhecimento de uma parte, mesmo que pequena, desta grandiosa obra.


Prancha com ilustração de uma ninféia. Este tipo de material é utilizado
até hoje na identificação de espécies no Brasil.

A nova exposição estará disponível a partir deste sábado 06/04, no Centro de Visitação do Jardim Botânico Municipal de Bauru, das 8h às 16h. Entrada gratuita.

O Jardim Botânico se localiza na Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros, Km 232, entrada pelo estacionamento do Zoológico Municipal.

A obra completa está disponível para consulta online no site: http://florabrasiliensis.cria.org.br 
O trabalho de digitalização e disponibilização da obra Flora Brasiliensis foi realizado pelo Missouri Botanical Garden (EUA), FAPESP e Instituto de Biologia da UNICAMP.


Carl Friedrich Philipp von Martius

Foi um naturalista alemão que chegou ao Brasil em 1817 fazendo parte da comitiva da arquiduquesa austríaca Leopoldina, que viajava para o Brasil para casar-se com Dom Pedro I. Recebeu da Academia de Ciências da Baviera o encargo de pesquisar as províncias mais importantes do Brasil e formar coleções botânicas, zoológicas e mineralógicas. Foi um dos principais editores e organizadores da Flora Brasiliensis, sendo responsável também por diversas ilustrações presentes nesta exposição.




A obra Flora Brasiliensis: números que impressionam

Foi o maior projeto de descrição e documentação de Flora finalizado na história da Botânica.  A obra impressiona até hoje pela sua escala monumental, o tamanho físico dos volumes e acima de tudo, pela qualidade e beleza das suas ilustrações. A expedição científica, para a organização da obra, percorreu 10.000 km, durante um período de três anos, e explorou as principais formações vegetais do Brasil entre 1817 e 1820. Vejam os números referentes a este trabalho:

  • Contém ilustrações de 22.767 espécies, a maioria de angiospermas (plantas com flores) brasileiras;
  • São 15 volumes, divididos em 40 partes, com um total de 10.367 páginas;
  • 19.629 espécies são nativas do Brasil e 5.689 foram descritas como novas espécies descobertas;
  • 3.811 pranchas que ilustram 6.246 espécies.
  • 59 pranchas ilustram paisagens e tipos de vegetação, a maioria acompanhada por uma descrição minuciosa do próprio Martius.
Até hoje a Flora brasiliensis é utilizada como base de estudos da flora do Brasil e da América do Sul.  



📸Nova exposição fotográfica “30 ANOS DE JARDIM BOTÂNICO”

  Esta exposição, realizada em homenagem ao aniversário de 30 anos do Jardim Botânico Municipal de Bauru, marca mais uma ação comemorativa e...