O Bosque Municipal do Marco da Légua, como antigamente era conhecido o Bosque Rodrigues Alves, foi fundado em 25 de agosto de 1883. Idealizado por José Coelho da Gama Abreu - Barão do Marajó, que impressionado com o “Bois de Bologne” um tradicional logradouro parisiense, projetou para Belém uma réplica tropical.
Com 15 ha de floresta primária de terra firme preservada, bem representativa da flora regional. A grande maioria da vegetação é oriunda de mata virgem antiga e algumas plantas exóticas foram introduzidas. Para a Botânica Sistemática, o Bosque Rodrigues Alves tem uma variedade de plantas, algumas de enormes proporções, que, se plantadas hoje levariam muitas décadas para atingir o porte que tem.
Possui 309 espécies, das quais 94% são de plantas nativas. Dentre estas, há o predomínio de maçarandubas, andirobas e seringueiras, sendo esta última de grande importância econômica para a região, além das castanheiras-sapucaia, uma das maiores árvores da floresta equatorial.
O Bosque passou por várias reformas, sem perder a sua beleza cênica, nem a importância botânica e dendrológica que motiva a constante visitação de pesquisadores de várias partes do mundo e subsidia aulas práticas dos cursos ligados à biologia vegetal e animal.
Ao longo desses 127 anos, o Bosque Rodrigues Alves - Jardim Zoobotânico da Amazônia tem sido local de pesquisa e conservação da natureza, contribuindo para melhorar a qualidade de vida da população de Belém e reorientando a comunidade, por meio de ações de pesquisa, educação ambiental, lazer e turismo.